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  • Dra Flavia do Vale

Cisto de plexo coróide


O que é cisto de plexo coróide? Qual a importância dele?


A maioria das pessoas nunca ouviu falar em plexo coróide e nem sabe onde ele fica! Mas algumas mamães podem recebem uma noticia inicialmente perturbadora durante um ultrassom de rotina que seu bebê tem um cisto de plexo coróide. E quando a mamãe descobre que isso fica no cérebro vem uma angústia enorme.


Um cisto do plexo coróide é um espaço pequeno, cheio de líquido, que ocorre em uma glândula do cérebro chamada plexo coróide. Esta glândula está localizada dos dois lados do cérebro e é responsável por produzir o liquido cerebral. Este fluido fica dentro de alguns espaços no cérebro e da medula espinhal e ajuda a amortecer e proteger as duas estruturas contra ferimentos e traumas de impacto.


O cisto do plexo coróide é encontrado em alguns fetos e geralmente é descoberto em um ultrassom de rotina durante o segundo trimestre de gestação de uma mulher. Ele ocorre em cerca de 1 a 2% das gestações e geralmente não traz nenhum tipo de problema neurológico ao bebê. Em sua maioria desaparecem sozinho antes do nascimento


Quais são as complicações do cisto de plexo coróide?

O plexo coróide não está em uma área do cérebro envolvida em pensar, deduzir ou raciocinar. Não tem impacto na inteligência ou no desenvolvimento cognitivo de uma pessoa. Ele não foi associado a nenhuma dificuldade de aprendizado ou transtornos do espectro, como autismo. Quando visto sozinho, com todos os outros sistemas se desenvolvendo normalmente, um cisto do plexo coróide é o que os cientistas chamam de variante normal. Não produz distúrbios ou deficiências de saúde ou intelectuais. Mais de 90% dos cistos do plexo coróide se resolvem, na maioria das vezes até 28 semanas.

Cisto de plexo coróide aumenta o risco de síndrome genética?

As características ultrassonograficas dos cistos do plexo coróide (tamanho, complexidade, lateralidade e persistência) não devem ser usadas para modificar o risco, pois esses fatores não afetam significativamente a probabilidade de trissomia do cromossomo 18. Logo, não importa se ele é único ou bilateral, grande ou pequeno, se sumiu ou não, eles não aumenta a probabilidade de ter síndrome genética!


A presença de cisto no plexo coróide não aumenta a chance de ter um bebê com trissomia 21 (Síndrome de Down) e o achado não deve ser usado para modificar o risco de trissomia do paciente 21. Os cistos do plexo coróide são encontrados em cerca de um terço dos fetos com trissomia do cromossomo 18. A trissomia do cromossomo 18, também chamada síndrome de Edwards, é uma condição na qual o feto tem três cópias do cromossomo 18 em vez de dois. Embora muitos fetos com trissomia do cromossomo 18 também tenham cistos de plexo coróide, apenas uma pequena porcentagem daqueles com um cisto do plexo coróide terão trissomia do cromossomo 18.


Um feto com trissomia do cromossomo 18 terá outras anormalidades observadas em um ultrassom além do cisto do plexo coróide. Por isso maioria dos fetos com essa síndrome não sobrevivem ao nascimento por causa das grandes anormalidades nos órgãos. Logo, se o bebê só tem cisto de plexo coróide sem nenhuma outra anormalidade associada, provavelmente ela não terá Síndrome de Edwards.





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