A polidramnia é ou aumento do liquido amniótico. Pode ocorrer em aproximadamente 1-1,5% das gestações, sendo encontrada em cerca de 1 por 200 gestações.
Geralmente é detectado após 20 semanas (geralmente no 3º trimestre) e pode ser suspeitara quando a mulher apresenta um tamanho de barriga ou fundo de útero aparentemente grande e maior do que o real período da gestação.
Ocorre como resultado de um desequilíbrio do liquido amniótico, ou por aumento da sua produção ou pela diminuição da sua remoção. lembrando que líquido amnio é xixi do bebê. Logo, o bebê engole o líquido e faz xixi constantemente e mantem o equilíbrio. Então, uma grande variedade de distúrbios maternos e fetais podem interferir no aumento da produção do líquido ou no processo de deglutição fetal que é o que remove o liquido.
Existem essencialmente três causas principais de polidramnia:
Idiopatica: 60-65%: este é um diagnóstico de exclusão, apesar de representar a maioria dos casos, também denominado polidrâmnio idiopático quando não achamos causa pra justificar o excesso de líquido
Deglutição fetal reduzida: que pode ser causada por distúrbios neuromusculares, tumores faciais ou no pescoço, obstrução gastrointestinal, defeitos pulmonares compressivos ou caixa torácica estreita devido a displasias esqueléticas.
Micção fetal aumentada: é observada no diabetes materno, circulação fetal hiperdinâmica (devido a anemia fetal, tumores fetais e placentários, malformações arteriovenosas) ou síndrome de transfusão feto-fetal
Pode ainda ser classificada ou dividida e causas:
maternas: 25-30%
- diabetes: diabetes comumente gestacional
- insuficiência cardíaca congestiva materna
fetal: 10-20%
1. Lesões do SNC (por exemplo, defeitos do tubo neural )
2, obstrução gastrointestinal proximal
- atresia ( ou estreitamento) gastrointestinal
. atresia esofágica
. atresia duodenal
. atresia jejunoileal
3. defeitos da parede abdominal
- gastrosquise
- onfalocele
- volvo intestinal fetal , por exemplo, de uma má rotação intestinal
4. anormalidades cervicotorácicas fetais
- massas cervicais fetais
- teratoma cervical congênito / epignato
- bócio fetal grande
- massas torácicas
- malformação congênita das vias aéreas pulmonares (CPAM)
- síndrome de obstrução congênita das vias aéreas (CHAOS)
- herniação diafragmática congênita
5. anomalias cardiovasculares fetais
- taquicardia fetal sustentada (por exemplo,
- taquicardia supraventricular (SVT),
- flutter atrial, taquicardia ventricular)
6. complicações relacionadas à gravidez gemelar
- transfusão de gêmeos : ocorre no receptor
- hidropisia fetal : imune e não imune
7. anormalidades esqueléticas fetais
8. movimento fetal reduzido
Quais medidas de ultrassom definem a polidramnia?
índice de líquido amniótico (ILA) > 25 cm OU
maior bolsão vertical MBV) > 8 cm
Alguns classificam a gravidade do polidrâmnio como
leve: MBV = 8-11 cm ou ILA = 25-30
moderado: MBV = 12 - 15 cm ou ILA = 30 - 35 cm
grave: MBV > 16 cm ou ILA > 35 cm
Quais as complicações da Polidramnia?
O risco das seguintes complicações obstétricas aumenta quando a polidrâmnio está presente devido à expansão excessiva do útero
dispneia ou falta de ar materna
ruptura prematura da membrana
trabalho de parto prematuro
apresentação fetal anormal
prolapso do cordão umbilical
hemorragia pós-parto: devido à redução do tônus miometrial uterino
Tratamento e prognóstico
O prognóstico é variável, dependendo das condições associadas. Geralmente mínima ou nenhuma intervenção necessária para casos idiopáticos leves e não complicados. As opções incluem:
melhor controle do diabetes materno
cesariana se houver macrossomia profunda
amniocentese / amnioredução terapêutica
Indometacina
De maneira geral, o tratamento da polidramnia consiste em diagnosticas e tratar a causa ( controle da glicose no diabetes gestacional, transfusão sanguínea intra-uterina para anemia fetal, laser de anastomoses placentárias na síndrome de transfusão feto-fetal). Além disso, devido ao risco aumentado de parto prematuro nas gestações com liquido aumentado é possível realizar amniocenteses repetidas para drenagem de grandes volumes de líquido amniótico. No entanto, o procedimento em si pode precipitar o nascimento prematuro e a amniocentese é reservada para os casos em que o comprimento do colo do útero é inferior a 15 mm ou exames seriados semanalmente demonstram encurtamento do colo do útero para menos de 25 mm. Outro método de tratamento alternativo e eficaz é a administração materna de indometacina; no entanto, esse medicamento pode causar constrição ductal fetal, e é necessária uma monitoração cuidadosa por estudos ecocardiográficos fetais em série.
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