Pré-eclâmpsia conhecida popularmente como a pressão alta da gravidez é uma síndrome que acomete variados órgãos que surge durante a segunda metade da gestação. Antigamente era definição como pressão alta + proteinúria (perda de proteína na urina) e edema. Todavia isso mudou. Hoje ela é caracterizada por:
* Hipertensão: pressão arterial ≥140 mmHg e/ou ≥90 mmHg em ≥2 ocasiões com intervalo de 4 horas, com aparecimento após 20 semanas de gestação em mulheres previamente normotensas.
* Proteinúria: * Acometimento de órgãos-alvo maternos: é definido pelo o aparecimento de quaisquer um dos abaixo:
- Insuficiência renal - Disfunção hepática – aumento das enzimas hepáticas transaminases hepáticas em altos níveis séricos (≥2 vezes o limite de normalidade) e/ ou dor abdominal supra-umbilical intensa e persistente irresponsiva à medicação.
- Complicações neurológicas – eclâmpsia (convulsão), acidente vascular cerebral (derrame), confusão mental, cefaléia intensa acompanhada por hiperreflexia, amaurose ou escotomas visuais persistentes (visualização de pontinhos brilhantes).
- Complicações hematológicas - plaquetas baixa, coagulação intravascular disseminada (CIVD) ou hemólise.
- Disfunção uteroplacentária (CIUR assimétrico; Doppler umbilical alterado, principalmente se presente também Doppler alterado nas duas artérias uterinas maternas).
A pré-eclâmpsia é uma das principais causas de morbimortalodade materna e perinatal no Brasil e no mundo. A identificação de fatores de risco ao seu desenvolvimento pode auxiliar na prevenção e diagnóstico precoce do início clínico da doença. É super importante identificar precocemente gestantes com risco para a doença e oferecer a estas, acompanhamento especializado. Além disso, o AAS indicado para o grupo de mulheres de alto risco pode reduzir em até 75% dos casos de pré eclampsia precoce.
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