Dra Flavia do Vale
28 de mar de 2019
Atualizado: 17 de out de 2019
Os defeitos cardíacos estão entre os defeitos congênitos mais comuns. Seu diagnóstico é importante ainda intra útero pois pode ajudar a proporcionar uma oportunidade de planejar e manejar o bebê como e quando o bebê nascer. Condições como diabetes, translucência nucal alterada dentre outros indicam a realização obrigatória do exame mas cada vez mais ele vem sendo usado como exame de rotina do pre natal. É geralmente realizado por um cardiologista pediátrico pois requer experiência. Hoje, um ecocardiograma fetal dedicado pode detectar quase 100% das doenças cardíacas congênitas graves.
O estudo ecocardiográfico do coração fetal é idealmente realizado entre 18 e 22 semanas e pode ser repetido em torno de 28 a
Se o exame de ecocardiografia fetal realizado no primeiro trimestre ou durante a idade pré-morfológica ( 16 - 18 semanas de gestação) não puder excluir o desenvolvimento de patologias de início tardio, pode ser necessário uma nova reavaliação desse exame em torno da 28 a 30 a semana.
Indicações maternas:
* Historia familiar de cardiopatia
* Distúrbios metabólicos como Diabetes Mellitus
* Exposição a agentes teratogênicos, tais como: esteróides, anticonvulsivantes, álcool, lítio, mas principalmente derivados da vitamina A (ácido retinoico e derivados).
* Exposição a inibidores da síntese de prostaglandinas (ibuprofeno, ácido salicílico, indometacina).
* Infecções da rubéola, citomegalovírus, Coxackie e Parvovirus B19.
* Doenças auto-imunes, como Lúpus e síndrome de Sjögren.
* Distúrbios familiares hereditários como, por exemplo, a síndrome de Marfan.
* Fertilização
Indicações fetais:
* Exame morfoestrutural em outra idade gestacional, sugerindo a presença de fatores possivelmente sugestivos de Cardiopatia
* A presença de outras alterações que se referem a outros órgãos e / ou estruturas fetais.
* Anormalidades cromossômicas.
* Arritmia cardíaca (taquicardia persistente, bradicardia persistente, ritmo cardíaco fetal irregular persistente).
* Hidropisia fetal.
* Gestação gemelar monocórica e suspeita de STPT ( Síndrome de Transfusão Feto Fetal).
* Valores aumentados de translucência nucal durante o primeiro trimestre de gestação.
* Crescimento Intrauterino Restrito